Desembargador solta diretor e servidores envolvidos em esquema de corrupção no DAE
Da Redação
O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Orlando Perri, determinou a soltura do ex-diretor do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG), Alessandro Macaúbas Leite de Campos, preso na Operação Gota d’Água, que investiga um esquema de corrupção que desviou R$ 11,3 milhões dos cofres da autarquia.
Além de Alessandro, também foram soltos, Aguinaldo Lourenço da Costa Silva, Alex Sandro de Proença, Anderson Kleiton Corrêa Botelho, Elizelle Fátima Gomes de Moraes, Giliard José da Silva, João Victor Ferreira de Campos, Leandro Humberto de Araújo, Mário Sales Rodrigues Júnior e Paulo Ricardo Ribeiro da Silva
Na decisão, desta quinta-feira (26), o magistrado estabeleceu algumas medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de acesso a todo e qualquer prédio público do município de Várzea Grande, proibição de contato com os demais investigados, proibição de aproximação das testemunhas, a uma distância mínima de 500 metros, e entrega de passaporte.
“Delego ao juízo de origem a responsabilidade pela expedição do alvará de soltura em favor dos investigados, advertindo-os expressamente acerca das medidas cautelares impostas, e sobre a possibilidade de decreto de nova prisão em caso de descumprimento”, diz trecho da decisão.
A Operação Gota D’Água cumpriu 123 mandados judiciais, entre prisões preventivas, busca e apreensão, suspensão de função pública, sequestro de bens e bloqueio de valores e medidas cautelares diversas.
De acordo com as investigações, o diretor do DAE Alessandro Macaúbas e o vereador Pablo Pereira (União) são apontados como os líderes do esquema. Na segunda-feira (23), Pablo conseguiu na Justiça sua liberdade.
A atuação desse grupo, conforme a autoridade policial, possibilitava a realização de fraudes, com inserção de informações falsas no Sistema GSAN, mediante indiscriminado recebimento de valores.
Foram identificadas diversas situações em que foi dificultado o acesso da população várzea-grandense à ligação de água, com problemas artificialmente criados, além de diversas situações de cobrança de propina. Segundo elementos probatórios coletados, alguns servidores realizavam o trabalho rotineiro apenas mediante pagamento de propina.