SINTEP rejeita retomada das aulas presenciais sem vacinação para os professionais do ensino estadual
Foto: Sintep
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Valdeir Pereira e a diretoria do sindicato, rejeitaram o anúncio da retomada das aulas presenciais, na rede de ensino de Mato Grosso, sem a existência de um calendário de vacinação para a categoria. Conforme, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), as aulas devem reiniciar nesta segunda-feira (17). Entretanto, o governador Mauro Mendes (DEM) tem afirmado, que iniciou articulação para garantir a imunização contra a Covid-19 dos profissionais da educação no Estado. A proposta é de que seja destinado o percentual de 10% das doses que chegaram a Mato Grosso aos profissionais das redes de ensino estadual e municipal, além da rede particular.
Com base na deliberação dos profissionais do ensino, Valdeir Pereira afirmou, que a categoria desconsidera as normativas da portaria nº 333 da Seduc, que convocou os professores para voltarem as salas de aulas. “A defesa é a vacinação para todos em atividade presenciais no ensino estadual”, argumentou o sindicalista.
Valdeir demonstrou preocupação com o retorno das atividades dos professores estaduais às salas de aulas, sem terem sido vacinados com a primeira e segunda dose das vacinas contra a covid-19. “Nos preocupa muito o retorno das atividades presenciais de maneira que não vai atender as necessidades de todos os profissionais e dos nossos estudantes”, observou Valdeir.
Ele sugeriu a inclusão de todos os profissionais da educação na lista prioritária dos grupos de riscos, que estão sendo vacinados para manterem suas atividades. “E necessário que estejamos incluídos no processo de vacinação para que a educação possa retornar com toda a tranquilidade”, afirmou.
A preocupação de Valdeir Pereira tem como base, o grande número de perdas de professores, pais e alunos para a covid-19. Ele acredita, que isso poderia ter sido evitado, caso os profissionais não fossem pressionados a cumprirem a jornada de trabalho sem a testagem em massa dos trabalhadores da educação. “Tivemos aumento gritante do número dos profissionais atingidos pela covid-19 sem a testagem do vírus, poderia ter evitado essas perdas”, avaliou.
Valdeir criticou a organização pedagógica, durante a pandemia na forma de distribuição dos conteúdos para os alunos na internet. “Muitos absorveram os conteúdos, mas a maioria tem deficiência para o aprendizado nas plataformas, além de um grande número que não fez a matricula na rede estadual de ensino”, afirmou o presidente.