O secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, descartou a possibilidade de o Governo desapropriar Santa Casa, que atualmente é administrada pelo Governo Estadual. Caso o Executivo acatasse a ideia, os valores seriam usados para quitar débitos trabalhistas do hospital filantrópico.
Uma audiência de conciliação sobre a situação de 855 ex-funcionários foi realizada nesta terça (22), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MT).
Durante a audiência, que ocorreu de forma virtual, Carvalho explicou que o Estado já fez investimentos nas obras do Hospital Central de Cuiabá. Ele também citou a retomada da construção do novo Hospital Júlio Muller, o que afastaria a necessidade de mais uma unidade de saúde sob gestão estadual.
“Não há o menor sentido na desapropriação, tendo em vista os dois grandes hospitais e a ampliação do Metropolitano”, afirmou Carvalho.
Apesar da negativa, o chefe da Casa Civil assumiu o compromisso de reajustar os valores pagos pelo uso das instações do hospital, que foi requisitado administrativamente pelo Estado.
O Estado também vai estudar a possibilidade de adiantar recursos para que o dinheiro possa ser usado para quitar parte dos passivos trabalhistas, que totalizam mais de R$ 32 milhões.
O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, e o procurador-geral do Estado Francisco Lopes também participaram da audiência.
A Santa Casa é administrada pelo Estado desde maio de 2019, quando uma grave crise financeira fez com que a unidade de saúde fechasse às portas.
No local agora funciona um hospital estadual, centro de referência de atendimento da Covid-19.
A proposta pela equipe será apresentada em nova audiência no Tribunal, a ser realizada também de forma virtual, no dia 15 de julho.
Imagem: Reprodução
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