A Polícia Civil investiga pessoas que teriam se cadastrado duas vezes para tomar vacinas das fabricantes Sinovac (Coronavac), Janssen e Pfizer contra o coronavírus, na campanha de vacinação em Cuiabá.
As investigações preliminares têm como alvo duas mulheres e um homem que teriam realizado novo cadastro para a vacinação, mesmo depois de já terem sido imunizados, e que tomaram vacinas de duas marcas distintas.
Os procedimentos para apurar os fatos foram instaurados após a Prefeitura de Cuiabá encaminhar documentos indicando que pessoas que foram imunizadas com as vacinas Coronavac e Janssen, fizeram um novo cadastro no site da campanha de vacinação e tomaram uma ou até as duas doses da vacina da Pfizer.
Os suspeitos serão ouvidos na Decon nos próximos dias, e durante os procedimentos, também serão reunidos documentos que forem entregues por eles e pelos órgãos públicos.
De acordo com o delegado da Decon, Rogério Ferreira, se comprovada a inserção de dados falsos no site disponibilizado pela Prefeitura, de forma dolosa e injustificada, com o fim de infringir determinação do poder público destinada a impedir a propagação de doença contagiosa, os culpados podem responder por crime contra a saúde pública e por falsidade ideológica. As penas somadas podem chegar a seis anos de prisão e multa.
“Embora compreensível e correto que as pessoas busquem se proteger de todas as formas possíveis contra a COVID-19, é necessário entender que não há doses suficientes de vacina para todos. A maioria da população ainda não está imunizada com duas doses, ou com a dose única, das vacinas disponíveis, não sendo correto que pessoas já imunizadas burlem os critérios estabelecidos para a devida vacinação, para tomar novamente vacina de uma marca diferente”, disse o delegado.
Imagem: Reprodução
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