O prefeito em exercício de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV), anunciou que a Prefeitura de Cuiabá vai exonerar 116 servidores temporários da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Os contratos desses trabalhadores foram os que motivaram o afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) no dia 19 de outubro, durante a Operação Capistrum.
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) apontou que havia irregularidades em 259 contratos temporários. De acordo com o órgão ministerial, esses trabalhadores não possuíam qualificação e foram empregados para atender pedido dos vereadores de Cuiabá.
Em entrevista à Rádio Capital na manhã desta terça-feira (26), Stopa explicou que os outros 143 servidores já haviam sido demitidos. O prefeito em exercício ainda esclareceu que as exonerações não foram motivadas por decisão judicial.
“Se pegarmos o processo que culminou no afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro consta que houve 259 contratações (irregulares). Já haviam sido demitidos 143. Infelizmente, na sexta-feira agora, nós vamos fazer o desligamento dos 126 contratos que são questionados pelo Ministério Público, disse o prefeito.
Stopa se justificou dizendo que a prefeitura não quer o “mal” dos servidores. Ele ainda classificou os contratos como “problemas”.
“Não é que queiramos ser mal com o servidor. Mas, já que o MP questiona estas contratações, nós já vamos eliminar esse problema e, só não fizemos antes porque a folha estava fechada. Então, na verdade, a gente completa o mês e a gente já faz a exoneração”, afirmou.
A operação
Emanuel, assim como a sua esposa, Márcia Pinheiro, e o seu chefe de gabinete, Antônio Monreal Neto, foram afastados por determinação da Justiça por suspostamente fazer parte de um grupo criminoso que teria contratado 259 servidores temporários e sem qualificação para atender pedido dos vereadores de Cuiabá. O esquema teria lesado os cofres públicos em R$ 500 mil, além de mais R$ 16 milhões gastos indevidamente.
O prefeito foi afastado por tempo indeterminado. No mês passado, o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) ingressou com uma ação civil pública pedindo o afastamento por seis meses de Emanuel. No lugar do emedebista, assumiu o vice-prefeito, José Roberto Stopa (PV).