O deputado Allan Kardec (PDT), presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), declarou que o edital anunciado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) no último dia 27 de outubro contém itens que precisam ser revistos e esclarecidos, entre eles a possibilidade de exoneração dos profissionais que não atingirem a média de 6 pontos nas avaliações semestrais. “Isso é coisa de quem não entende de educação”, declarou.
Allan foi convocado pelo governador em exercício, Otaviano Pivetta, juntamente a outros cinco parlamentares do Estado, para participar de uma reunião e discutir o assunto na manhã desta quarta-feira (3).
O deputado ressaltou ainda que o governo não pode descartar o sistema de contagem de pontos dos profissionais de Educação para fazer um processo seletivo como se fosse um concurso.
“Nós temos instalado no governo há mais de 20 anos o sistema da contagem de pontos. Às vezes, ele tem suas dificuldades, mas a gente não pode simplesmente descartar a contagem de pontos gratuita feita pelos próprios profissionais da Educação e passar para uma empresa que faz um seletivo que cobre o Estado. O Estado paga para essa empresa vir e ela cobra daqueles que irão participar. Pela primeira vez, depois de mais de 20 anos, o professor paga para fazer contagem de pontos na escola. Ele vai pagar para participar de um teste seletivo, o que deveria ser gratuito, na minha opinião”, disse, nesta manhã.
O deputado ainda criticou a contratação por polos e afirmou que o ideal seria levar em consideração a proximidade do professor com a comunidade a que ele já está habituado.
“O edital saiu por polo, o que significa que todos os professores de Barão de Melgaço podem ser de Cuiabá. Na minha opinião o professor bom é o professor do bairro. Escola boa é a escola do bairro. Eu tenho que qualificar meu professor. Eu tenho que melhorar a minha escola. Essa história de fazer seletivo como se fosse concurso, a gente tem que prestar muita atenção e colocar outros conteúdos junto. Por exemplo, se você empatou comigo, quem é que vai? Outra situação, o tempo de serviço na escola não conta mais. A assiduidade, pontualidade e a proficiência do professor com seu aluno não contam mais”, finalizou.