Senador por Mato Grosso, Jayme Campos (DEM), avalia como ‘violento’ o afastamento do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), pelo Tribunal de Justiça (TJMT). Emanuel está afastado desde 19 de outubro, dia em que a ‘Operação Capistrum’ foi deflagrada pelo Núcleo de Ações Originárias (Naco), do Ministério Público (MPE). “Na minha visão particular eu não concordo, eu acho que foi até certo ponto violento o afastamento dele”, disse Jayme na manhã desta sexta-feira (05.11).
De acordo com o MPE, Pinheiro é suspeito de integrar um esquema de contração irregular de servidores para a secretaria de saúde, sem a realização de concurso público, que não tinham conhecimento técnico e que seriam para benefício político.
Neste sentido, o senador defende Emanuel e assegura que ele tem o direito de defesa. “É óbvio, evidente que todo mundo não pode ser condenado sem o direito do contraditório, ou seja, dentro do processo legal ele vai para as instâncias superiores, e lá ele vai ter que provar que ele não tem culpa no cartório”.
Além disso, na visão de Jayme Campos, esse motivo não é o suficiente para o afastamento de Emanuel. “Se o afastamento dele, que foi determinado pelo TJ foi pela contratação de 259 servidores não é razoável, na minha visão não é razoável. Na medida em que, se for usar essa prática, não sobra ninguém no Brasil, então, não é razoável”, completa.
Campos ainda criticou o MDB pelo fato do partido não ter se manifestado sobre a situação envolvendo o chefe do Executivo da Capital mato-grossense. “Quem tem que manifestar se ele solidariamente é o partido, lógico que o partido teria que fazer uma manifestação, se eu sou do seu partido e não tenho uma solidariedade nesse momento só me resta uma coisa, afastar do partido”, conclui Jayme.
Há alguns dias o deputado estadual Tiago Silva (MDB), fez uma declaração a afirmou que Emanuel não foi abandonado pelo partido, e que, inclusive, a ordem do cacique Carlos Bezerra, foi dar apoio ao prefeito afastado.