Dá Redação
A Operação Reset, deflagrada na quarta-feira (15), busca o famoso “dossiê” enviado pelo então secretário de Segurança Mauro Zaque para o governador Pedro Taques (SD), que nunca recebeu o documento. São alvos da operação dois servidores do protocolo da Casa Civil, acusados de ter escondido o documento e alterado o protocolo de recebimento para que o dossiê fosse encoberto.
Consta na decisão do juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal, que os servidores Rosinaldo Nunes de Almeida e Rosângela da Silva Oliveira foram os responsáveis para que o dossiê não chegasse às mãos do governador.
Pelas investigações, há indícios de que Rosinaldo e Rosângela “possam estar em posse do dossiê apresentado pelo então secretário de Segurança Pública (…) até agora não localizado”.
No documento, Mauro Zaque denunciava a Taques o esquema de escutas ilegais dentro do próprio governo que ficou conhecido nacionalmente como grampolândia pantaneira.
“Rosângela foi a responsável por cadastrar e cancelar o protocolo dos documentos originais, ao passo que o representado Rosinaldo, então chefe do setor de protocolo da Casa Civil, foi o responsável por alterar o cadastro do protocolo original e incluir novos documentos”, diz trecho da decisão.
As casas de Rosângela e Rosinaldo foram alvo de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira. Foram levados pela polícia celulares e aparelhos eletrônicos que irão passar por perícia para buscar conversas, possíveis transferências bancárias e aquisição de imóveis.
Rosinaldo, que ainda atua na Casa Civil, foi afastado da função e está proibido de se aproximar de Rosângela, Pedro Taques, e os ex-secretários da Casa Civil, Paulo Taques e José Rodolpho.