O ditador das Filipinas, Rodrigo Duterte, autorizou nesta quinta-feira (6), a prisão de pessoas não vacinadas que saírem de suas casas. Em discurso transmitido em rede nacional, o político pediu que líderes comunitários procurassem os cidadãos não imunizados e se certificassem de que eles ficariam confinados em suas residências.
“Se essas pessoas saírem de suas casas e circularem pela comunidade, poderão ser contidas, caso resistam à abordagem, poderão ser presas”, disse Duterte.
De acordo com o Ministério da Saúde, as infecções diárias por coronavírus nas Filipinas atingiram o maior número desde 26 de setembro do ano passado, com 17,2 mil casos apenas nesta quinta-feira. Desde o início da crise sanitária, o país registrou cerca de 2,9 milhões de casos e 51,7 mil mortes.
No fim do ano passado, 49,8 milhões de pessoas haviam sido totalmente vacinadas nas Filipinas, o equivalente a 45% da população. De acordo com a legislação nacional, os cidadãos não vacinados na região de Manila, a capital do país, só podem sair de suas casas para viagens essenciais.
Em outubro de 2021, Duterte fez um anúncio surpreendente: deixará a vida pública. Naquela época, o político ainda se apresentava como candidato à vice-presidência nas eleições marcadas para maio deste ano.
Os jornais locais especulam que o objetivo do ditador filipino é abrir espaço para a candidatura da filha, Sara, ao cargo mais importante do país. Ela já protocolou candidatura à prefeitura da cidade de Davao.