Reuters
Pelo menos 24 pessoas morreram em um deslizamento de terra na capital equatoriana Quito, e outras 12 estão desaparecidas, disse o prefeito Santiago Guarderas nesta terça-feira (1°), enquanto equipes de resgate vasculhavam casas e ruas cobertas de lama após as piores chuvas em quase duas décadas.
As chuvas torrenciais da noite de segunda-feira (31) causaram um acúmulo de água em um desfiladeiro perto dos bairros operários de La Gasca e La Comuna, jogando lama e pedras nas residências e afetando o fornecimento de eletricidade.
A agência de gestão de desastres do país disse que 48 pessoas ficaram feridas.
“Vimos esse imenso rio negro que arrastava tudo, tivemos que escalar os muros para escapar”, disse a moradora Alba Cotacachi, que retirou suas duas filhas de sua casa. “Estamos procurando os desaparecidos.”
Imagens mostraram um homem lutando para se libertar das águas lamacentas que desciam uma rua residencial. Testemunhas disseram que o homem foi arrastado enquanto moradores gritavam por socorro.
Outros vídeos mostraram uma torrente varrendo árvores, veículos, lixeiras e até postes de eletricidade, enquanto algumas pessoas foram resgatadas da água barrenta por vizinhos.
As autoridades não descartam a possibilidade de novos deslizamentos de terra. O gabinete do prefeito montou abrigos para as famílias afetadas e começou a limpar as ruas da cidade.
O Equador enfrenta fortes chuvas em várias áreas, que causaram transbordamento de rios e afetaram centenas de casas e estradas.
As chuvas em Quito na segunda-feira foram equivalentes a 75 litros por metro quadrado, a maior em quase duas décadas.