Da Redação
O deputado estadual Wilson Santos (PSDB), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, afirmou que uma das constatações da comissão, até agora, é a de que a sonegação é uma farra no Estado. A CPI investiga os setores de combustível, mineração, frigoríficos e o agronegócio.
“A CPI já constatou a farra que é a sonegação em Mato Grosso, e a ineficiência quase que completa da fiscalização sobre a área de combustíveis, especialmente por parte das usinas de etanol, além da farra total e solta como corre o setor da mineração no Estado. Também já comprovamos que o agronegócio tem práticas irregulares, sim, e desonestas com a política estadual. Tudo isso deve contar do relatório final da CPI, disse o parlamentar.
“Quanto a mineração, nós temos somente as informações dos mineradores. O Filadelfo Dias disse que de cada R$ 1 real arrecadado, R$ 10 são sonegados na área do ouro. O ex-prefeito Priminho Riva disse que para cada R$ 1 real arrecadado, de R$ 7 a 8 são sonegados. Os próprios mineradores admitem a inexistência da fiscalização e que o Estado perde muito dinheiro com isso”, afirmou Wilson
Para citar apenas um exemplo, o deputado disse que Filadelfo Dias afirmou à CPI que foram retirados do solo mato-grossense cerca de 45 toneladas de ouro da Serra do Caldeirão, em Pontes e Lacerda, e levadas para a Bolívia sem o pagamento de impostos devidos. A região foi alvo de invasões e operações nos últimos cinco anos.