Da Redação
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma resolução que permitirá às empresas escolherem as taxas de juros nos empréstimos junto ao Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). A mudança, destaca o senador Carlos Fávaro (PSD-MT), vai impedir que muitas destas empresas não fechem as portas, diante da impossibilidade de arcar com as parcelas dos contratos firmados ou de contrair novos empréstimos.
Fávaro explica que o FCO usava duas metodologias diferentes no cálculo dos juros das operações de crédito, o que gerava uma grande discrepância. “O FCO Rural tem taxa pré-fixada de aproximadamente 5% ao ano. No caso do FCO empresarial, que é atrelado ao IPCA [Índice de Preços ao Consumidor-Amplo], houve uma disparada muito grande. Em 2018, a taxa era de 5,3% e em dezembro do ano passado, ultrapassou os 23%, inviabilizando muitas empresas”.
A mudança atinge tanto novos contratos quanto as operações consolidadas anteriormente. “A expectativa é que até maio haja esta possibilidade de mudança, a critério dos empresários, da forma de cálculo dos juros. Estamos falando em uma economia que deve atingir R$ 400 milhões ao ano, além de recuperar o papel do FCO de indutor do desenvolvimento da região”.
Para o senador, o trabalho agora deve se concentrar na distribuição de mais recursos do fundo também para as cooperativas de crédito. “Conseguimos atender ao pleito dos empresários e vamos em busca da democratização da oferta deste crédito, por meio das cooperativas, que possuem um grande papel na nossa economia”.
A resolução do CMN é resultado de uma série de articulações dos senadores do Centro-Oeste, como Carlos Fávaro (PSD-MT), Nelsinho Trad (PSD-MS), Vanderlan Cardoso (PSD-GO), Izalci Lucas (PSDB-DF) e Jayme Campos (UB-MT). “Foi um trabalho muito sério, que demandou um grande esforço, mas com o resultado extremamente favorável para quem gera emprego e renda no nosso país”, finaliza Fávaro.