Da Redação
Registros oficiais revelam que 23 dos 24 suspeitos que foram mortos por policiais militares na Grande Cuiabá, entre os anos de 2017 e 2020, em confrontos supostamente forjados, possuíam extensa ficha criminal. São mais de 200 passagens pela polícia, incluindo estupros e homicídios. A situação é investigada pela Polícia Judiciária Civil, no âmbito da Operação Simulacrum, onde 81 PMs foram alvos.
Ao todo, foram seis confrontos registrados entre 2017 e 2020, que estão sendo investigados na operação. Um dos casos apurados aconteceu no dia 29 de julho de 2020, nos fundos do condomínio Residencial Belvedere 2, no bairro Itamaraty, em Cuiabá.
Na ocasião, policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) trocaram tiros com um grupo de supostos assaltantes, onde seis pessoas morreram, entre elas um soldado da PM e o filho de um militar.
Na ação, foram mortos André Felippe de Oliveira Silva, Gabriel de Paula Bueno, Jhon Dewyd Bonifácio de Lima, Leonardo Vinycius de Moraes Alves e Oacy da Silva Taques Neto. À época do confronto, duas pessoas sobreviveram.
Em relação a esse grupo, os bandidos tinham passagens por diversos crimes, sendo eles: estupro, homicídio, roubo, furto, tráfico de drogas, ameaça, formação de quadrilha, porte ilegal de arma de fogo, injúria, lesão corporal, direção perigosa, receptação, desacato, uso ilícito de drogas, corrupção ativa, desobediência e resistência.
Operação Simulacrum
A operação, que contou com apoio do Ministério Público Estadual (MPMT), foi deflagrada na manhã de quinta-feira (31). Na ocasião, mais de 60 policiais foram presos.
De acordo com a investigação, os militares que integram os Batalhões da Ronda Ostensiva Tática Móvel (Rotam), Batalhão de Operações Especiais (Bope) e Força Tática do 1º Comando Regional, estão sendo investigador por forjar os confrontos, onde os suspeitos de crimes de roubos foram mortos.
Foi destacado pelas autoridades que a intenção do grupo era de promover o nome dos policiais envolvidos e de seus respectivos batalhões.