Da Redação
O ex-presidente Lula disse nesta sexta-feira (29), que o mandato do presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria ser “revogado”. Durante entrevista à Rádio Jornal de Pernambuco, o petista também citou a decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU como suposta prova de que a Operação Lava Jato existiu apenas para impedir sua candidatura ao Palácio do Planalto em 2018.
“O correto seria revogar o mandato de Bolsonaro e me colocar na Presidência”, disse Lula. “Mas, como a gestão dele já está no fim, não quero agora. Deixe que as eleições sejam democráticas, porque vamos ganhar”.
De acordo com o petista, a conclusão da ONU, na quinta-feira (28), mostrou a ineficácia da Operação Lava Jato contra ele. “A ONU mostrou a pouca-vergonha que foi feita para evitar que eu fosse presidente da República em 2018”, disse.
A inelegibilidade foi um dos argumentos utilizados pela defesa de Lula na queixa feita, em 2016, ao comitê da ONU.
O comitê concluiu que o ex-juiz Sergio Moro foi parcial ao julgar os processos contra o petista durante as investigações da Operação Lava Jato.
De acordo com o relatório da ONU, o governo brasileiro tem 180 dias para apresentar ao comitê as medidas que tomou para reparar os danos sofridos por Lula — o que não inclui a revogação do mandato do presidente Bolsonaro.
A missão de Alckmin
Durante a entrevista, Lula também disse que uma das funções de Geraldo Alckmin (PSB), ex-governador de São Paulo e vice do petista, será fazer uma ponte entre ele e algumas partes da sociedade. “O Alckmin vai completar a necessidade que tenho de falar com outros segmentos da sociedade”, disse. “Não apenas em São Paulo, mas no Brasil inteiro”.
Na quinta-feira, Lula e Alckmin estiveram no XV Congresso Constituinte da Autorreforma do PSB. A dupla aplaudiu o Hino da Internacional Socialista, de 1951, que representa a união global dos partidos trabalhistas.
Fonte: Revista Oeste