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Presidente da Argentina quer a cabeça de ministro que denunciou Cristina Kirchner

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Da Redação

O presidente da Argentina Alberto Fernández pediu ao ministro Matías Kulfas que renuncie ao cargo de ministro do Desenvolvimento Produtivo depois de considerar “eticamente condenável” a divulgação de um relatório off sobre o processo de licitação do gasoduto Néstor Kirchner.

A renovação do Gabinete, que também agregará Agustín Rossi à Agência Federal de Inteligência, foi o culminar de um dia marcado pela acusação da vice-presidente Cristina Kirchner, que reclamou da nota em locução e culpou “funcionários do governo do Frente de Todos” que “realizam ataques, sem mostrar o rosto, mentindo e usando jornalistas”.

Pouco depois, Fernández pediu a renúncia de Kulfas, mas antes disso ele enfatizou em sua conta oficial no Twitter que considerava “eticamente repreensível falar em locução em detrimento de outro” e que não endossava “esses procedimentos”; A decisão foi comunicada no sábado (4) pela porta-voz da Presidência, Gabriela Cerruti.

Nos mais altos níveis do Executivo, lamentaram a saída de Kulfas do governo, mas consideraram um grande erro usar um texto fora da tela como resposta ao que Cristina Fernández de Kirchner havia levantado na noite de sexta-feira em Tecnópolis, onde ela solicitou que o Grupo Techint “faça aqui, na Argentina, a chapa laminada que produz no Brasil para os tubos” que serão utilizados no gasoduto.

O contraponto ganhava tensão neste sábado, depois que a estatal Energía Argentina (ex-Enarsa) reproduziu integralmente a baixa por meio de um comunicado no qual a qualificou como uma “nota desprovida de conhecimento técnico”, em especial do processo licitatório, e onde também rejeitou a acusação de que “um edital de licitação sob medida para a Techint” havia sido montado.

Da Energía Argentina destacaram que o traçado do gasoduto requer “escopos técnicos” específicos, que determinam “a espessura dos tubos” a serem utilizados, e assim responderam a um dos pontos que a nota atribuiu à carteira de Desenvolvimento Produtivo repreendeu-os por, supostamente, terem elaborado “um edital sob medida para a Techint” porque a chapa que esse grupo empresarial fabrica no Brasil tem 33 mm de espessura quando são usados ​​tubos de 31 mm na Europa.

“Antes de iniciar o processo de licitação, a Energía Argentina passou a solicitar à Câmara Argentina de Fabricantes de Tubos de Aço que indicasse quais empresas poderiam atender a esses requisitos técnicos. A resposta foi que apenas a SIAT SA atendeu”, respondeu a empresa e acrescentou que, apesar disso, eles realizaram “um processo de licitação internacional para convocar empresas estrangeiras”, mas no final apenas a SIAT SA apresentou uma oferta.

A SIAT SA, único fornecedor para o fornecimento de chapas laminadas, é controlada pela Tenaris, empresa do grupo Techint que fabrica tubos e presta serviços para o setor de energia, enquanto para a aquisição de válvulas, acrescentou da Energía Argentina, “o processo de licitação ainda está em aberto e será declarado vencida porque nenhuma das propostas cumpre os prazos de entrega solicitados”.

Com essas declarações, a empresa responsável pela licitação rejeitou as duas questões contidas na reportagem off-screen, o suposto favorecimento da Techint e a adjudicação a “um importador estrangeiro em vez de um fabricante argentino que oferecia preços e condições semelhantes, descumprindo o compre nacional.

Na mesma linha de negar as críticas ao processo licitatório, o secretário de Energia, Darío Martínez, reiterou de suas redes a negação da Energía Argentina e observou que “as obras do gasoduto Néstor Kirchner foram executadas de acordo com todas as especificações técnicas e cumprindo todos os prazos exigidos por um projeto tão importante”.

Na sexta-feira, ao final do ato pelo centenário da YPF em Villa Martelli, Kulfas havia se referido ao pedido do vice-presidente para que a Techint transferisse para a Argentina uma linha de produção para fabricar chapas laminadas no país e não importá-las do Brasil.

Em diálogo com a rádio AM750, Kulfas disse que a IEA (antiga Energía Argentina) é liderada “por pessoas que têm uma relação muito próxima” com ela, e é “a empresa que faz a licitação (do gasoduto) e aquele que estabelece as condições”.

No Twitter, Cristina reagiu a reportagens da imprensa local. “É muito injusto e, sobretudo, muito doloroso que este tipo de ataque seja feito por funcionários do governo da Frente de Todos”, escreveu, no sábado (4). “O pior de tudo: sem mostrar a cara, ‘em off’, mentindo e utilizando jornalistas. É embaraçoso”.

Com informações de Télam

 

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