Da Redação
O vice-presidente da Caixa Celso Leonardo Barbosa, pediu demissão do banco na sexta-feira (1º) após o seu envolvimento em denúncias sobre assédio sexual. Dois dias antes, Pedro Guimarães pediu demissão após ser acusado por pelo menos cinco mulheres de assédio moral e sexual, como toques íntimos não autorizados e convites incompatíveis com a relação profissional. As denúncias foram reveladas pelo jornal Metrópoles.
Assim como Guimarães, o vice-presidente foi incluído nos últimos dias nas investigações do Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre as denúncias.
Na quarta-feira (29) o Ministério Público do Trabalho (MPT) notificou e deu o prazo de dez dias para que tanto Guimarães como a Caixa se manifestem sobre as denúncias. Os dois despachos são assinados pelo procurador do Trabalho do Distrito Federal Rafael Mondego Figueiredo.
No mesmo despacho à Caixa, o procurador de MPT também pede explicações sobre Celso Leonardo Barbosa. A comunicação cita relatos de que o vice-presidente da instituição “causaria temor” em mulheres que trabalham no banco, “levando a crer que as denúncias de assédio também se estenderiam ao gestor”. As informações constam no documento do MPT.
O procurador também solicita à Caixa a relação de denúncias apresentadas contra ambos os executivos. O MPT ainda questiona se as acusações chegaram a tramitar em canais de comunicação internos do banco e pergunta se, de alguma forma, as ações de Pedro Guimarães foram acobertadas.
No despacho endereçado a Guimarães, o Ministério Público do Trabalho solicita ainda manifestação sobre as denúncias e informações a respeito de contatos para recebimento de notificações.
O Ministério Público Federal (MPF) também abriu investigação sobre o caso, mas disse que “não fornece informações sobre procedimentos sigilosos”.