Bolsonaro quer encontro com embaixadores após fala de Fachin sobre atos golpistas no país

Da Redação

O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou as declarações do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luiz Edson Fachin, sobre temores de atos golpistas no país. As declarações aconteceram durante live semanal, na noite de quinta-feira (7).

Fachin participou de um evento nos Estados Unidos e disse temer que o Brasil enfrente episódio semelhante à invasão do Capitólio, que ocorreu em 2021, quando apoiadores do ex-presidente Donald Trump invadiram o Congresso norte-americano durante a sessão que confirmaria a vitória do democrata Joe Biden nas eleições locais.

“Eu não sei por que algumas pessoas vão para fora falar mal do Brasil. Eu pergunto: teve alguma ação minha contra o Estado brasileiro?”, disse o presidente. “Se ele fala isso, ele tem certeza de que o candidato dele, que ele tirou da cadeia, que é o Lula, vai ganhar”.

Bolsonaro disse que pretende convidar embaixadores estrangeiros para apresentar dados sobre a segurança das eleições.

“Será um convite a todos eles. O assunto será um PowerPoint, nada pessoal meu, para nós mostrarmos tudo que aconteceu nas eleições de 2014, 2018, documentado, bem como essas participações dos nossos ministros do TSE, que são do Supremo, sobre o sistema eleitoral”, declarou. “Vamos marcar para, na semana que vem, eu conversar com todos os embaixadores aqui no Brasil. Será um convite para todos eles.”

O presidente criticou o convite de Fachin para que a Organização dos Estados Americanos (OEA) participem da fiscalização das eleições de outubro.

“Vem observar o que aqui? Eles têm acesso ao programa? O que eles vêm fazer aqui? Dar um ar de legalidade ao processo?”, questionou.

No dia 14 de julho, a Comissão de Fiscalização e Controle do Senado vai promover um debate sobre o pleito, com convites ao ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e para Alexandre de Moraes, que vai presidir a Corte eleitoral a partir de agosto.