Da Redação
O PT protagonizou mais um escândalo envolvendo recursos públicos, dessa vez no Piauí. Um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) encontrou mais de mil mortos cadastrados no Proaja, um programa de alfabetização do governo estadual nas gestões de Wellington Dias (PT) e sua sucessora, Regina Sousa (PT). É o que informou reportagem da revista Veja, publicada na sexta-feira (15).
Além das almas penadas, a auditoria descobriu 5,5 mil funcionários públicos matriculados — que para exercerem a função devem ser aprovados em concurso, saber ler e escrever — e mais de mil jovens de até 18 anos, que não poderiam estar inscritos em um programa cujo foco é o público adulto. O Proaja visava alfabetizar 200 mil pessoas por meio de convênios com instituições privadas e foi lançado em julho de 2021.
As irregularidades, detectadas em uma auditoria feita entre março e junho deste ano, ainda apontaram que as empresas contratadas não comprovaram experiências com serviços educacionais. Na avaliação do Tribunal de Contas, o programa, planejado para consumir pouco mais de R$ 340 milhões, admitiu alunos e instituições que não atendem aos critérios e que há um alto risco de superfaturamento e dano aos cofres públicos. Das 39 empresas contratadas para executar os serviços, 12 não possuem funcionários, 5 não tiveram sua sede encontrada pelos auditores e pelo menos 10 não possuem capacidade operativa educacional.