O trecho de uma filmagem que aparentemente encena a morte do presidente Jair Bolsonaro durante uma motociata está repercutindo nas redes sociais desde o último sábado, 16 de julho.
O filho do Presidente, Eduardo Bolsonaro, divulgou em seu perfil do Instagram e do Twitter, uma imagem de uma pessoa ou boneco com as mesmas características de Jair usando um adorno verde e amarelo, simulando a faixa presidencial, caído ao chão todo sujo de sangue e com uma flecha no pescoço, ao lado da moto.
Na publicação, o filho questiona quanto tempo o ministro Alexandre de Moraes dará para que os produtores, se manifestem sobre o caso tratado como na visão dele – “Discurso de ódio”.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, disse durante uma coletiva, que encaminhou as imagens a Polícia Federal para ser instaurado um inquérito para investigar o caso.
Em publicação no Twitter, Torres disse ainda considerar “chocantes” as imagens.
“Circulam nas redes fotos e vídeos de um suposto atentado contra a vida do presidente Bolsonaro. Produção artística? Estamos estudando o caso para avaliar medidas cabíveis e apurar eventuais responsabilidades. As imagens são chocantes e merecem ser apuradas com cuidado.
Após a fala do ministro no twitter, o Canal Brasil afirmou, em nota à imprensa, que se trata de uma produção independente do diretor Ruy Guerra.
A emissora ainda afirmou que as cenas seriam referentes ao filme “A Fúria”, que encerraria a trilogia composta por “Os Fuzis” (1964) e “A Queda” (1976). Eles ainda afirmaram que, apesar de “terem 3,61% dos direitos patrimoniais, o canal não interfere nas obras e que não tinha conhecimento da cena.”
O vice-presidente Hamilton Mourão e o ex-juiz Sérgio Moro, também manifestaram repúdio contra a produção.
“Isso não é arte! Isso é um ato imoral à nação e ao governo federal”, publicou Mourão.
Já Moro foi mais incisivo e disse que tal produção não agrega em nada para o debate politico nacional.
“Inadmissível tratar de forma jocosa ou figurativa a morte de uma pessoa, ainda mais de um presidente da República. Esse tipo de comportamento acirra os ânimos e não contribui em nada para o debate político”, disse Moro.
Veja a cena: