O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, nesta quinta-feira (20), manter a decisão liminar do corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, que suspende a monetização de canais e veículos de informação como Brasil Paralelo e Foco do Brasil. Na sua decisão, o ministro Alexandre de Moraes se referiu aos canais como “gabinete do ódio”.
No entanto, foi o voto da ministra Carmen Lúcia que chamou a atenção. A ministra afirmou que “não se pode permitir a volta de censura sob qualquer argumento no Brasil”, mas, contrariando a própria fala, acatou a decisão do ministro relator em razão do momento eleitoral. “Esse é um caso específico e que estamos na iminência de ter o segundo turno das eleições, e a inibição é até o dia 31 de outubro, dia seguinte ao segundo turno para que não haja o comprometimento da lisura do processo eleitoral”, justificou Carmen Lúcia.