O Brasil de hoje
Confesso que já fui mais engajado e participativo nas discussões envolvendo a política e o futuro do país, mas atualmente essa conversa de polarização tá tão cansativa, chata mesmo, que tenho preguiça até de emitir opiniões ou divagar sobre o que penso.
O Brasil de hoje convalesce na espera de dias melhores; o sistema político continua caótico, corrupto e não consegue as soluções que o país tanto precisa; o sistema judiciário é um pouco mais organizado, mesmo assim um tanto confuso e complicado; e os cidadãos inebriados nesse caos tomam partidos, emitem opiniões, escolhem um lado, porque essa é a regra, você é oito ou oitenta; não há espaço para os moderados, ou você é um radical de direita ou é um radical de esquerda.
Bom senso? Este não tem espaço no debate público do país; isso aqui tem se tornado um país de pensamentos obscuros e mentalidades autoritárias; esse autoritarismo é polarizado também, ele é visível nos dois lados, a esquerda é autoritária com suas “verdades axiológicas”, a pseudodireita é uma mistura de “atraso com pitadas de psicopatia”, parafraseando aqui nosso querido ministro Barroso.
Enquanto isso, o país perece; as pessoas continuam vivendo as suas pobres vidas oprimidas por um sistema ineficiente e inoperante, que não atende aos interesses da coletividade; no caso o conceito coletividade aqui é no sentindo amplo, falo para gregos e troianos, sem distinção de quem é quem na cena política.
Talvez o futuro nos reserve dias melhores. Essa é a esperança. Por hora e diante das possibilidades que nos é apresentada, a meu ver não é possível almejar melhoras relevantes. Essa polarização que divide a nação, a meu juízo tende a piorar e causar maiores danos nesse tecido social forjado já um tanto esgarçado. Por hora, não sabemos se dessa crise institucional, sairemos mais fortes e unidos ou divididos e distanciados do nosso ideal de nação pacificada.
Por fim, evidentemente é temeroso expor ideias e pensamentos quando a obscuridade ocupa a cena nacional. Mas é preciso refletir sobre esse caos. Esconder-se e deixar que o mal diga as suas “verdades” não será uma solução sem preço.
JOEL MESQUITA é sociólogo.
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Segundo Aristóteles " A política não deveria ser a arte de dominar, mas sim a arte de fazer justiça." Em tempos obscuros a política faz uma inversão de papéis, no qual temos que escolher um lado, perdemos o poder de escolha, já que não podemos debater sem nos desgastarmos, o que deveria ser um campo de discussões se tornou um campo guerra. Como você mencionou politica se tornou um assunto chata, mas é triste pensar assim, muitas vezes prefiro fechar os olhos, e acreditar que ainda vivemos em um país que existe justiça. |
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Brasil nação se encontra "como um barco perdido sobre as ondas do alto mar". |
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