Prefeito de Rondonópolis
O prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio (SD), é alvo de uma ação do Ministério Público Estadual por suposta irregularidade na compra de 29 eletrocardiógrafos para leitos de leitos de UTI, via dispensa de licitação. Os equipamentos foram adquiridos para tratar pacientes de Covid-19.
A ação civil pública é assinada pelo promotor Wagner Antonio Camilo e foi ajuizada na 1ª Vara de Fazenda Pública de Rondonópolis.
Além de Pátio, também são alvo a ex-secretária de Saúde do município, Izalba Diva de Albuquerque; a gerente de Administração e Finanças da Secretaria, Vanessa Barbosa Machado Alves; a empresa Elo Medical Comercial Eireli e o sócio-proprietário dela, Marlus Eduardo Moraes.
Na ação, o promotor cita vícios na contratação da empresa fornecedora, como direcionamento e superfaturamento, acusa o grupo de promover uma “infamante fraude ao dinheiro público”, e vê possível prejuízo ao erário no valor de R$ 80,6 mil e pede, em sede liminar, o bloqueio de bens dos denunciados.
“Ocorre que após a realização de diligências, restou possível constatar vícios na contratação, diante do direcionamento da compra, somado ao sobrepreço e superfaturamento do produto, provocando conseqüente prejuízo ao erário no valor não atualizado de R$ 80.648,13, bem como violação aos princípios constitucionais”, diz trecho da denúncia.
Camilo ressaltou na ação que a aquisição dos aparelhos foi “empenhada, liquidada e paga” e pede, no mérito, para que os alvos da ação sejam condenados por prática de improbidade administrativa, com ressarcimento integral do dano, pagamento de multa, perda da função pública e suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos.
"Sucessão de equívocos"
Conforme o promotor, o prefeito e a secretária realizaram o contrato com dispensa de licitação com uma “sucessão de equívocos e malfeitos indesculpáveis”, que comprometeram a lisura do certame ao restringir a competitividade.
A compra, segundo a denúncia, foi feita sob o pretexto de providenciar “insumos essenciais para o enfrentamento ao combate da pandemia de Covid-19, dada a situação de emergência em saúde pública de importância nacional”.
“Visando a impedir a entrada de terceiros interessados no certame que desde o início foi pensado e direcionado em favor da empresa demandada, o objeto da licitação foi descrito com especificações que seriam atendidas somente pela Elo Medical”, afirmou na denúncia.
“Ou seja, Excelência, nunca houve competição, nunca houve disputa nesta dispensa de licitação forjada, dado que em verdade, o procedimento foi desenvolvido pelos agentes públicos ora acionados, para atingir tão somente o interesse particular da requerida Elo Medical e seu responsável legal”, completou.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do MPopular. Clique aqui para denunciar um comentário.
Esse é um larápio de primeira grandeza |
|||||
|
|||||
|
22.01.2021 21h:09 » Anvisa aprova novo lote de Coronavac para uso emergencial
22.01.2021 20h:08 » Cuiabá conquista vaga na Série A do Brasileirão
22.01.2021 19h:07 » Mato Grosso registra 206.761 casos e 4.930 óbitos por Covid-19
22.01.2021 19h:07 » Lúdio diz que veto de Mendes ao PLC 36 será derrubado por deputados
22.01.2021 18h:06 » Pacientes denunciam falta de medicamento para hanseníase
22.01.2021 16h:04 » Botelho diz que ALMT pretende doar recursos para compra de vacinas
22.01.2021 15h:03 » Chiquitanos denunciam crime ambiental em Porto Esperidião
22.01.2021 14h:02 » Prefeito de Cuiabá cria comitê e não vai ao encontro de Mendes
22.01.2021 13h:01 » Após denúncia do MPopular, Seduc apura compra de certificados